Grupo Espírita em Niterói-RJ

Mês: setembro 2018

Bula e Evangelho

Assim como ao nascermos somos considerados um presente de Deus por àqueles que escolhemos para serem nossos pais , também desse mesmo Deus recebemos o presente da reencarnação que nos foi concedida para que tenhamos a oportunidade de evoluir através da reparação dos nosso débitos em vidas passadas.

Esse presente tão especial – a reencarnação, vem com determinado prazo de validade estipulado e certificado de garantia, que está na dependência de como é utilizado para melhor entendimento do que se refere ao prazo de validade e certificado de garantia devemos estabelecer uma comparação entre a bula que acompanha todo medicamento que se destina à cura das mazelas da matéria e o Evangelho que reúne os ensinamentos de Jesus que vão nos auxiliar na cura das mazelas espirituais.

A bula que acompanha os medicamentos estabelece as recomendações imprescindíveis para garantir a eficácia do tratamento para o corpo físico, enquanto que o Evangelho dita os ensinamentos de Jesus para que o presente da reencarnação atinja a sua eficácia, permitindo que o processo evolutivo seja progressivo e permanente.

É o maior ou menor grau de obediência tanto à bula como aos ensinamentos do Evangelho que vão contribuir para reduzir ou dilatar o prazo de permanência da vida no Planeta.

Como zelar para que o presente da reencarnação seja aproveitado de forma eficaz vai depender do grau de evolução que cada ser humano já tenha adquirido , uma vez que, somente a ele cabe essa responsabilidade.

Como é de hábito sempre que somos presenteados, agradecer pelo presente recebido, só nos cabe demonstrar ao PAI MISERICORDIOSO nossa gratidão através do empenho e do esforço para nos deixar guiar pelos seus ensinamentos.

Desapego

O DESAPEGO, como quaisquer outros vícios do ser encarnado em busca de evolução, exige muita perseverança e persistência para criar raízes na consciência de que aos poucos precisa ser combatido para que possa contribuir para que a evolução se torne um processo mais eficiente e mais ágil ou menos lento e menos doloroso.

O desapego como uma exigência, um pré-requisito para a elevação do Espírito não se restringe ao desapego de objetos de valor material, mas ao desapego de sentimentos que se relacionam com outros vícios próprios do ser humano como o egoísmo.

O desapego pouco a pouco quando praticado no ambiente das relações humanas torna-as mais saudáveis e pode reduzir, até mesmo, a incidência de graves incidentes geralmente associados ao sentimento de posse.

O desapego pode ser treinado, pode ser exercitado na rotina do dia a dia quando, por exemplo, perdemos um bem material ao qual estimávamos com um certo grau de afetividade e aceitamos com resignação essa perda.

É comum a reação de descontentamento quando somos (nos vemos) obrigados a abrir mão em favor de outrem apenas por um certo apelo à consciência do conhecimento da Doutrina que já dominamos.

A prova mais contundente de que ainda não superamos o vício do desapego é a reação diante do desencarne de um ente querido.

O sofrimento é tão intenso que põe por terra o pouco que entendíamos já dominar sobre esse vício.

Vencer, abolir, exterminar quaisquer dessas mazelas da alma é com certeza uma prova que se assemelha a de conquistar uma virtude, até por que, a luta do bem contra o mal requer além da persistência e da perseverança, um grau de paciência que são virtudes ou sejam qualidades no ser humano que, também, se encontram em fase de aprimoramento, de conquista.

Eis o impasse!

Se o desapego exige virtudes que ainda carecem de ser conquistadas, como praticá-lo?

Esbarramos na necessidade de reforma íntima, outro processo por si só, também de difícil conquista por exigir um somatório de outras conquistas para que se realize.

Só o tempo e o nosso empenho vão permitir que o processo evolutivo se processe.

Lá se foi o tempo!

Lá se foi o tempo em que uma das formas de comunicação era o diálogo sempre presente nas relações afetivas.
Lá se foi o tempo em que a comunicação envolvia um sentimento de afeto.

Um sentimento carinhoso.

Lá se foi o tempo em que a comunicação era o veículo usado pelos membros de uma família para estreitar os laços de uma união sincera.

Lá se foi o tempo que através da comunicação os avós contavam história para seus netos, os pais aconselhavam seus filhos e a imprensa divulgava notícias sérias em que se podia acreditar.

Lá se foi esse tempo.

E há algum tempo progressivamente a comunicação vem passando por um processo de deterioração que perdeu todo esse aspecto de transmitir ideias, conselhos, ensinamentos e se transformou num veículo de incitação ao ódio e a violência obrigando a todos nós ter muita cautela ao tentarmos nos relacionar uns com os outros.

E há algum tempo que o diálogo, o bate e papo entre a família e amigos foi substituído pelo avanço da tecnologia de tal forma que se tornam cada vez mais destituídas de calor humano e o que é pior meio de vinculação de ideias e pensamentos que exigem cada vez mais que àqueles avós, àqueles pais de um passado que deixou saudade se obrigam a s preocupação constante e permanente com esse aspecto profundamente negativo que tomou conta da comunicação que de prazerosa se transformou em
desastrosa.

E, se já algum tempo esse fato vem sendo constatado no dia a dia de nossas vidas já é mais que tempo de nos prevenir contra os prejuízos que vem causando a geração atual e poderá atingir as futuras seguindo rigorosamente um dos conselhos de Jesus em seu Evangelho: ORAI E VIGIAI!

MUITA PAZ

Não desperdice momentos

Ouvimos e também repetimos com freqüência:
Não desperdice os momentos de sua vida.

Quando assim agimos não estamos dando a esse não desperdice o significado ou a conotação que deveria estar contida nesse aconselhamento.

Associamos, equivocadamente, o não desperdice a ideia de que está intimamente relacionada a lazer.

O não desperdice a luz dos ensinamentos de Jesus tem um significado muito mais abrangente – não desperdice nenhum momento por que a vida é feita de momentos e esses momentos devem ser aproveitados para colocar em prática atitudes e ações que frutifiquem e propicie oportunidades que vão permitir e evolução do Espírito a quem o PAI presenteou com muitos momentos na atual reencarnação.

Esses flashes de toda uma existência vão somar momentos que possibilitarão resgatar débitos através da prática do bem e corrigi-los aprimorando as virtudes que ao final de todos os momentos que nos foram concedidos vão ser contabilizados para permitir estabelecer as condições da evolução do Espírito no plano superior.

Não desperdice os momentos que favoreçam sim, que desperdice a grande oportunidade de galgar degraus a mais na ascensão a outros planos da vida espiritual.

Não desperdice os momentos que já permitiu que adquirisse os conhecimentos que já sedimentou e que são preciosos para seguir a sua trajetória em direção a luz divina.

Não desperdice, inutilmente, os momentos que o seu atual grau de elevação lhe permitiram ter a convicção de que não contribuirão para o seu processo de reforma íntima.

Não desperdice momentos com sentimentos de ódio, raiva, ressentimentos e mágoas.

Não desperdice momentos que possam ser sempre convertidos em tempo de perdoar e de amar ao próximo como a si mesmo que é o maior aconselhamento deixado por Jesus em seu Evangelho.

Muita luz e paz!

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